segunda-feira, 30 de abril de 2012

A nossa Escola apoia a Campanha "Papel por Alimentos"

Os Bancos Alimentares iniciaram uma campanha “Papel por Alimentos” com contornos ambientais e de solidariedade no âmbito da qual o papel angariado (jornais, revistas, folhetos, etc.) é convertido em produtos alimentares.
A Campanha “Papel por Alimentos” integra-se num ideal mais vasto de sensibilização para a importância do papel de cada pessoa na sociedade e para a possibilidade de recuperar e reutilizar coisas que parecem não ter valor.
 
O seu papel é essencial na luta contra a fome!
A Escola juntou-se a esta iniciativa do Banco Alimentar, procedendo à recolha de papel nas suas instalações (no corredor junto à Cantina). Venha ajudar-nos!







No âmbito da presente campanha, pode ser entregue todo o tipo de papel: 
- jornais/revistas
- fotocopias
- rascunhos
- impressos (publicidade)
- envelopes
- papel de fax
- papeis timbrados
- arquivos mortos

Não é aceite:
- cartão e papelão
- papeis plastificados
- papeis metalizados
- papeis parafinados
- papel vegetal
- fotografias
- fitas adesivas

Novo funcionário

A nossa escola tem, desde há alguns dias, um novo colaborador. Chama-se José Raul Oliveira e poderão encontrá-lo todas as manhãs na portaria.

quinta-feira, 26 de abril de 2012

" A atual educação estraga as crianças." - diz Eduardo Sá, psicólogo

A atual educação estraga as crianças”.
Foi assim que iniciou a sua palestra no Colégio de Nossa Senhora do Alto, em Faro, uma iniciativa promovida em colaboração por aquela instituição e pelo Centro de Formação Ria Formosa sobre o “Envolvimento Parental na Escola”.
Perante um auditório com cerca de 280 pessoas, o conferencista afirmou que “a estrutura tecnocrática, em que se transformou a educação, faz mal” e criticou o “furor da formação técnica e científica” que levou ao esquecimento de que “o melhor do mundo não é a escola mas as pessoas e, em particular, as relações familiares”. Lamentando a ausência de uma lei de bases para a família e para a criança, Eduardo Sá lembrou que “há aspetos muito mais importantes do que a escola na vida das crianças”, como a família. “Estamos a criar uma mole de licenciados e de mestres aos 23 anos que esperamos que sejam ídolos antes dos 30 e o fundamental não é isso”, lastimou, lembrando que “estamos a exigir aos nossos filhos que sejam iguais a nós: que ponham o trabalho à frente de tudo o resto”, esquecendo-nos de brincar com eles.
O conferencista considerou que “criámos uma ideia absurda de desenvolvimento” e lembrou quea vida não acaba aos 17 anos com a entrada no ensino superior”. “Só os alunos que tiveram pelo menos uma negativa no seu percurso educativo é que deviam entrar no ensino superior porque estamos a criar uma geração de pessoas imunodeprimidas”, defendeu, sustentando que “errar é aprender”.

Eduardo Sá
disse achar “uma estupidez” crermos que tecnocratas sejam “sempre mais inteligentes porque dominam a estatística”, “inacreditável” que “o mundo, hoje, privilegie o número à palavra” e um “escândalo” que, “nesta sociedade do conhecimento, não perguntemos até que ponto é que mais conhecimento representou mais humanidade”. “Este mundo está felizmente a morrer de morte natural. O futuro vão voltar a ser as pessoas”, congratulou-se, considerando a
atual crise umaoportunidade fantástica que temos a sorte de estar a viver”. “Esta crise representa o fim de um ciclo que aplaudo de pé. Este furor positivista está felizmente a morrer”, complementou, considerando que “o custo do positivismo foi a burocracia e a tecnocracia”.“Acho ótimo que possamos reabilitar algumas noções que parecem ferir os tecnocratas e que são preciosas para a natureza humana. Acho inacreditável que, depois do positivismo, a fé tenha passado de moda porque a fé é uma experiência de comunhão entre as pessoas”, acrescentou.
Eduardo Sá
defendeu que as
educações tecnológicas” possam dar lugar à “educação para o amor” como “a questão mais importante das nossas vidas”. “Acho fundamental que tenhamos a coragem, a ousadia e a verticalidade de dizer que a maior parte das pessoas se sente mal-amada e acho fundamental explicar aos nossos filhos que é mentira que acertemos no amor à primeira e que é notável aquilo que se passa dentro do nosso coração”, afirmou. Neste sentido afirmou que “devia ser proibido dizermos aos nossos filhos que se deve casar para sempre”. “Sempre que namoramos mais um bocadinho, casamo-nos mais um pouco e sempre que deixamos de namorar, divorciamo-nos em suaves prestações”, concretizou a provocação, considerando o casamento tão sagrado como frágil. “É uma experiência sagrada porque duas pessoas que decidem comungar-se é uma experiência tão preciosa que é sagrada, mas é frágil porque, às vezes, os pais estão tão preocupados com a educação dos filhos que se esquecem de namorar todos os dias”, lamentou, lembrando que “pais mal-amados tornam-se piores pais”. “É fundamental que a relação amorosa dos pais esteja em primeiro lugar, antes da relação dos pais com as crianças”, sustentou.

Eduardo Sá defendeu que “as crianças devem sair o mais tarde possível de casa” e jardins de infância “tendencialmente gratuitos para todos”. “Não se compreende como é que a educação infantil e o ensino obrigatório não são a mesma coisa”, criticou, lamentando que os governantes, “nomeadamente a propósito da crise da natalidade”, não perguntem: “quanto é que uma família da classe média (se é que isso ainda existe em Portugal) precisa de ganhar para ter dois ou três filhos num jardim de infância”.

O psicólogo defendeu ainda jardins de infância onde as crianças “
brinquem e ouçam e contem histórias”, tenham educação física, educação musical e educação visual. “O ensino básico não é muito importante senão para que, para além de tudo isto, as crianças tenham português e matemática”, disse, considerando ser “mentira que as crianças não tenham competências para a aprendizagem da matemática”.É ótimo brincar com a matemática mas a matemática sem o português torna-nos estúpidos. Não consigo entender que este país não acarinhe a língua materna”, criticou.

Eduardo Sá disse ainda
não achar que “mais escola seja melhor escola”,
criticando os blocos de aulas de 90 minutos porque aulas expositivas daquela duração são “amigas dos défices de atenção”. “Acho um escândalo que as crianças comecem a trabalhar às 8h, terminem às 20h e que tenham, entre blocos de 90 minutos, 10 minutos de intervalo. Quanto mais as crianças puderem brincar, mais sucesso escolar têm”, defendeu, acrescentando que “os pais estão autorizados a ser vaidosos com os filhos mas proibidos de querer a criar jovens tecnocratas de fraldas”. “Devia ser proibido que as crianças saíssem do jardim de infância a saber ler e escrever”, advertiu.

A terminar, defendeu ser possível “ter sucesso escolar” e “gostar da escola”.
Tenho esperança que um dia as crianças queiram fugir para a escola”, concluiu.

terça-feira, 24 de abril de 2012

25 de Abril - 32 anos de perguntas



Aqui fica uma sugestão para partilhar com as nossas crianças: um DVD concebido e produzido com o apoio do Ministério da Educação, através da Direção Geral de Inovação e Desenvolvimento Curricular (DGIDC).

Veja aqui os 32 anos de perguntas.

Porque é desde pequeno que se aprende e faz a história de um país!

Pedro Bianchi Prata visita a nossa escola!

O piloto Pedro Bianchi Prata participou no dia 23 de março numa atividade educativa com os alunos do Centro Escolar de S. Miguel de Nevogilde.

Os alunos do pré-escolar e do 1º ciclo ficaram a saber um pouco mais sobre o Dakar e sobre o tema segurança.


O entusiamo foi muito, obrigada mais uma vez ao Pedro Bianchi Prata pelo seu contributo!


sexta-feira, 20 de abril de 2012

Não vai querer perder este Concerto!



Junte-se a nós, marcando presença no Concerto de Solidariedade para o Serviço de Pediatria do IPO do Porto.
A contribuição para assistir ao concerto é de 10 euros por pessoa que, deduzido dos custos de organização, também reverterá a favor do IPO do Porto. Para donativos acima dos 100 euros será feita menção no Programa, com destaque diferente em função do montante doado, e oferecido um bilhete por cada 100 euros doados. Para donativos acima dos 500 euros poderão ser acordadas outras formas de divulgação.

Para mais informações:
917383931


"Troque" Dia Mundial do Livro




SEX 20 a 28 ABR @ diversos locais da cidade “TROQUE“

+info: bib.agarrett@cm-porto.pt

TROQUE o seu livro por outro livro e renove a sua colecção. Esta iniciativa, que decorrerá entre 20 e 28 de Abril, assinala o Dia Mundial do Livro e do Direito de Autor (23 Abr.) através da promoção de troca direta de livros, com o objetivo de levar a leitura a todos os cidadãos. Nestes dias pode deixar os seus livros e levantar outros livros sem qualquer custo associado nos seguintes pontos de encontro:

Dias 23 a 28 Abril- Biblioteca Municipal Almeida Garrett
- Biblioteca Pública Municipal do Porto
- Casa do Infante
- Casa Museu Guerra Junqueiro
- Museu Romântico da Quinta da Macieirinha
- Museu do Vinho do Porto.


Dia 21 Abril- no Mini Portobelo (Praça Carlos Alberto).

Dia 23 Abril- nas carruagens do metro, circularão três livros de grandes dimensões onde todas as pessoas serão convidadas a trocar por palavras os seus pensamentos e as suas ideias, disponibilizando de novo o livro para que outros o façam a seguir.

Dia 28 Abril- em Miguel Bombarda, no Porto Belo (Praça Carlos Alberto), nas Feiras Francas (Palácio das Artes), no Mercadinho dos Clérigos (Rua Cândido dos Reis), na Livraria Papa-Livros (Rua Miguel Bombarda), no Flea Market e nos Jardins do Palácio de Cristal, com a presença do dj Vicente Abreu.

quinta-feira, 19 de abril de 2012

Caixa das Escolhas - exercicío de filosofia a experimentar com as suas crianças!



Desta vez, o Tomás Magalhães Carneiro, deixa-nos um desafio muito interessante - Caixa das Escolhas.
Trata-se de um exercício de FcC para os pais experimentarem em casa com os filhos, ou os professores e educadores nas aulas com os alunos.
"Podemos escolher não respirar?"


Material: Três Caixas (imaginárias ou reais) – 1) Caixa das coisas que escolhemos; 2) Caixa das coisas que não escolhemos; 3) Caixa Mistério (coisas que ainda não conseguimos decidir se escolhemos ou não).

Objectivo: Pensar sobre a nossa “liberdade de escolha”.

Filosofia: Será que somos livres para escolher tudo o que fazemos? Com este exercício pretendemos convidar as crianças a pensar sobre vários gestos e acções do seu dia-a-dia e procurar descobrir, em Diálogo com os seus amigos, se esses gestos e acções são escolhas suas ou não, em “linguagem de adultos” se são voluntários ou não, se são conscientes ou não.
Por exemplo, para ajudar as crianças a pensarem “um pouco mais” sobre a possibilidade de escolha podemos perguntar se “podiam ter escolhido não vir à escola?”, se “decidiram ter os amigos que têm, ou podiam ter outros amigos”, “se à noite escolhem os sonhos que vão ter ou então quem os escolhe?”, ou ainda “se são obrigados a pensar ou podem escolher não o fazer” (esta última pergunta acompanhada de engraçadas tentativas de “não pensar em nada” (ver foto).
Não é necessário percorrer toda a lista de perguntas o que se pode tornar bastante cansativo para as crianças, mas devemos procurar deixá-las aprofundar o melhor que conseguirem cada uma delas.

Bons Pensamentos!

- “Meninos, em que Caixa devemos colocar cada uma destas acções?”
- Vir à escola
- A roupa que vestimos.
- Os meus amigos
- Os meus pais
- Ficar doente
- Ficar bom
- Ficar zangado
- Ficar triste
- Respirar
- Chorar
- Dormir
- Pensar
- Sonhar
- O que como
- O que gosto/não gosto de comer

quarta-feira, 18 de abril de 2012

Matrículas para o ano letivo 2012-2013

  
O período de matrículas para o ano letivo 2012-2013 está aberto de:

15 de Abril a 15 de Junho

Deixamos-lhe aqui todas as informações e documentação necessária:


*A renovação da inscrição será concretizada apenas com a assinatura do impresso de inscrição pelo Encarregado de Educação.



Imprima e preencha a documentação necessária e entregue-a na Secretaria da Escola Francisco Torrinha.

Nota: Informação retirada do sítio da internet da sede de Agrupamento: http://www.eb23-francisco-torrinha.rcts.pt/

terça-feira, 17 de abril de 2012

A Carochinha e a Reciclagem

Na sexta feira passada, dia 13 de abril, o pré-escolar assistiu à dramatização "A Carochinha e a Reciclagem" preparada pelos estagiários do Pré-escolar.
O sucesso foi tal com as crianças do pré-escolar, acabando por se convidar as salas  do 1º e 2º ano do 1º Ciclo a assistirem, também, à peça.




Todos conhecemos a Carochinha, todos já ouvimos a história de um João Ratão. Na história “A carochinha e a Reciclagem” a ação é outra. Não existe caldeirão. Existe sim uma carochinha “bonita e arranjadinha, muito aprumada e informada”, que se preocupa em manter diariamente a sua casa limpa. Para ela, encontrar pelo chão “uma latinha, uma garrafa ou uma pilha” gera logo confusão.

Porém, em todas as suas limpezas, encontra sempre alguma coisa de elevado valor. Numa das suas arrumações encontrou uma moeda e, como percebeu que estava rica, decidiu procurar um marido apelando, da sua janela, aos que por lá passavam. No entanto, foi uma tarefa difícil. O primeiro, o Rato Rogério, um porcalhão, comia queijo e atirava o papel para o chão. O Castelão, um coelho muito belo, não sabia que o plástico era no ecoponto amarelo. O Burro Bruno, outro porcalhão, não sabia que o vidro era no vidrão. E o Porco Paulino, que toca violino, atirava as pilhas para o chão.

Depois, o Galo Gabriel, que à Carochinha ofereceu um anel, sabia o lixo separar. No azul: o papel e cartão; e o vidro vai para o vidrão. As pilhas no pilhão e as embalagens no ecoponto amarelo.

Com este galo que sabia reciclar, a Carochinha quis logo casar. Todos os outros animais choraram e choraram, até que apareceu o lixeiro que, ao ver aquele tormento, decidiu levar os animais ao Centro Escolar de S. Miguel de Nevogilde para que o Rato Rogério, o Coelho Castelão, o Burro Bruno e o Porco Paulino aprendessem a separar o lixo. Assim arranjariam uma nova mulher para casar e…dito e feito, todos os meninos ensinaram os animais a reciclar o lixo e eles perceberam que temos de reciclar em todo o lado: em casa com os pais e com os amigos na escola. Preservar o Planeta e o Ambiente está nas nossas mãos!

 Estagiários do Jardim de Infância do Centro Escolar S. Miguel de Nevogilde

segunda-feira, 16 de abril de 2012

Cantinho do livro

Começamos esta semana com sugestões de leitura para os mais pequenos. São duas novidades que estão nas livrarias e que seguramente vai querer espreitar!



O protagonista do primeiro livro infantil de José Luís Peixoto é filho da chuva. Com uma mãe tão original, tão necessária a todos, tem de aprender a partilhar com o mundo aquilo que lhe é mais importante: o amor materno. Através de uma ternura invulgar, de poesia e de uma simplicidade desarmante, este livro homenageia e exalta uma das forças mais poderosas da natureza: o amor incondicional das mães.


Quando a mãe era pequena o mundo era um sítio diferente. Brincava-se na rua, não havia telemóveis, as compras faziam-se na mercearia e os discos eram de vinil. Mas também há coisas que nunca mudam... Este livro aborda um tema que suscita sempre a curiosidade dos mais novos. As crianças adoram saber e os adultos adoram contar. Como era quando os pais eram pequeninos? É um excelente ponto de partida para inúmeras conversas entre pais e filhos.

sexta-feira, 13 de abril de 2012

Concurso de Fotografia "Aqui Há Planta"



No dia 18 de Maio, na Escola Superior de Biotecnologia da Universidade Católica do Porto, irá decorrer o Dia do Fascínio Pelas Plantas. O concurso de fotografia "Aqui há planta" surge com o objetivo de consciencializar o público para a importância das plantas nas nossas vidas e em todas as suas vertentes: alimentação, vestuário, ambiente, decoração, energia, saúde, sustentabilidade...
Com este concurso pretende-se premiar a originalidade, a criatividade e a qualidade artística. Consulte o Regulamento e inscreva-se.

quinta-feira, 12 de abril de 2012

OCDE lançou um estudo sobre avaliação em Portugal

Para a Organização para a Cooperação e Desenvolvimento Económico (OCDE) não é claro que os alunos estejam no centro do ensino. Este continua a ser feito com o professor à frente da sala de aula e o aluno pouco envolvido no planeamento e organização das aulas; e a sua avaliação continua a ser sumativa.
A OCDE lançou hoje um estudo sobre avaliação, centrado em Portugal, que analisa as políticas de avaliação no sistema de ensino português e faz recomendações para melhorar a eficácia dessas políticas. Além dos alunos e dos professores, as escolas e o sistema de ensino no seu todo também são avaliadas. O estudo relembra que foram feitas várias reformas, nos últimos anos e com apostas para serem cumpridas até 2015, como assegurar que todos os jovens permanecem no sistema escolar até aos 18 anos.

"A oportunidada dada aos pais e aos estudantes de influenciar as aprendizagens é mais limitada do que noutros países da OCDE", diz o sumário com as principais conclusões do estudo. A equipa de observadores da OCDE ficou com a percepção que é dado pouco ênfase a que os alunos desenvolvam capacidades para regular a sua aprendizagem quer através de auto-avaliação, quer de avaliação entre pares.

Para a OCDE é "óbvio" que o aluno não está no centro da aprendizagem porque existem elevados níveis de repetência, acima da média da OCDE. Portugal tem o quarto nível mais alto de repetências, entre os 34 países, de acordo com dados do PISA de 2009, já conhecidos, sobre os resultados dos alunos de 15 anos a língua materna, a matemática e a ciências. Em média, dez em cada 100 alunos repetem um ano, apontam os directores das escolas portuguesas.

A reprovação é "uma prática que permite aos professores reduzir a sua expectativa em relação ao desempenho dos alunos", defende Paulo Santiago, coordenador do relatório e analista principal na direcção da Educação da OCDE, ao PÚBLICO. A investigação sobre o assunto mostra que a reprovação "é uma medida ineficaz, custosa e quem certamente, não está centrada no objectivo de fazer progredir o aluno na sua aprendizagem", acrescenta.

Por isso, a OCDE recomenda que o aluno seja o centro. Apesar de reconhecer que foram feitas melhorias como o apoio individual que é dado, em alguns casos, e as diferentes vias de ensino opcionais, é preciso que os professores abandonem abordagens mais "tradicionais" e motivem os alunos para a aprendizagem. Ao mesmo tempo que é importante que os pais e a comunidade sejam mais envolvidos. Os professores devem compreender que ensinar é uma "responsabilidade partilhada", propõe a organização.

Uma das prioridades discutida no relatório consiste na necessidade de transformar as práticas docentes, ainda muito tradicionais, e de encorajar, na aprendizagem diária na aula, a uma maior interacção e um retorno individualizado sobre o desempenho, revela a OCDE, em comunicado.

"Apesar dos progressos que tem havido em desenvolver práticas docentes menos 'tradicionais', o conceito de feedback ainda tende a ser limitado às notas dos testes e o feedback 'imediato' na aula com uma função formativa está ainda pouco desenvolvido", revela Paulo Santiago.

O coordenador do relatório defende que é necessário assegurar uma maior participação dos alunos na sua própria aprendizagem, com um forte investimento na avaliação contínua formativa, apoio individualizado, oportunidades para auto-avaliação e envolvimento no conteúdo da sua aprendizagem. "Uma prioridade deverá ser a redução do 'chumbo' como prática pedagógica porque não se centra no objectivo de melhorar a aprendizagem do aluno e pode ter efeitos muito negativos para o aluno (auto-estima, estigmatização, maior probabilidade de abandono do sistema de ensino, etc.)", sugere.

Uma das prioridades é a necessidade de colocar maior ênfase na função de melhoria das práticas avaliativas, por exemplo reduzindo a excessiva atenção dada à avaliação sumativa dos alunos (as "notas"). Os professores ouvidos reconhecem a "obsessiva atenção" dada aos resultados dos alunos, nomeadamente nos exames. Esta revela-se na construção de rankings pela comunicação social; na prática na sala de aula dominada pela preparação para as provas escritas; e na qualidade do ensino estar equiparada à qualidade dos resultados dos estudantes.O maior problema na educação em Portugal é o abandono escolar, são os alunos que abandonam com poucas competências. Entre os países da OCDE, Portugal é o país onde a população activa, entre os 25 e os 64 anos, é a que tem menos formação académica, apenas 30% que concluiram o ensino secundário, dizem dados de 2009. Apesar disso, os estudantes têm revelado melhorias, conforme dados, também de há três anos, dos resultados no PISA, os alunos têm um desempenho dentro da média da OCDE em leitura mas estão abaixo dessa média em matemática e ciências.

Apesar da equipa da OCDE não ter avaliado o programa Novas Oportunidades – não tinha competências para tal –, observou a forma como são feitas as avaliações dos alunos e considera que o programa prevê conceitos que "são necessários introduzir no ensino regular. Exemplos incluem avaliações focadas em dar motivação, ênfase na avaliação formativa dando retorno contínuo aos alunos sobre o andamento da sua aprendizagem, retorno imediato na sequência de actividades de aprendizagem e participação activa dos alunos na sua própria avaliação. Estas práticas põem o aluno no centro da avaliação em vez de o ver como um agente passivo", explica Paulo Santiago.




quarta-feira, 11 de abril de 2012

Pais e investigadores dividem-se quanto à importância dos TPC

A maioria dos especialistas concorda que os TPC roubam tempo à brincadeiras nas crianças mais novas

Neste artigo que aqui partilhamos, publicado no Jornal Público de 8 de Abril, pais, professores e investigadores dividem-se quanto à importância dos TPC na vida escolar das nossas crianças.
Uns acham que o trabalho da escola é para ser feito na escola. Outros que os TPC fomentam a autonomia e a consolidação dos conhecimentos adquiridos nas aulas.
As opiniões dividem-se.
É, sem dúvida, um tema interessante e importante, que carece de reflexão e debate. 

É por isso que gostávamos de conhecer a sua opinião. 
O que acha sobre os TPC? Sim? Não? Se sim, em que moldes? 
Deixe o seu comentário.


"Uns consideram-nos fundamentais para incutir hábitos de trabalho e autonomia no estudo, outros acham-nos excessivos, contraproducentes e até potenciadores de desigualdades entre as crianças na medida em que umas podem beneficiar da ajuda dos pais e outras não.  


O debate reacendeu-se com o recente boicote de uma associação de pais franceses aos TPC. Alegam estes pais que são cansativos e, se a criança já aprendeu a matéria na escola, então mais vale ler um livro em casa. Se não aprendeu, não vai ser em casa que o vai fazer. Vai daí declararam uma greve de duas semanas aos deveres para casa. Dias depois uma associação espanhola de pais subscreveu a posição. Os trabalhos para casa estão proibidos em ambos os países para as crianças com idades compreendidas entre os seis e os 11 anos. Apesar disso, os professores franceses e espanhóis continuam a insistir nessa prática. 

Para o professor de Psicologia da Universidade do Minho e autor de livros sobre educação, Pedro Sales Rosário, os TPC têm uma função instrutiva e de promoção de autonomia: "As aulas são importantes, ensinar é importante, mas aprender é apropriarmo-nos dos conhecimentos. E essa apropriação é pessoal", sustenta, notando que tal acontece no estudo e nos TPC. E estes são um "termómetro": "Quando um aluno se empenha e não consegue fazer, leva as dúvidas para a aula. Existe um feedback do trabalho do aluno e do professor".

Pedro Santos, com uma filha de sete anos, questiona se ter os pais "à mão" não será "a pior das formas de promover a autonomia". Em casa vê o que a Mafalda sabe ou não fazer e ajuda "com dúvidas simples". "Não creio que caiba aos pais - não me cabe certamente a mim, que não tenho competências pedagógicas para tal - substituir o papel da professora".

Cultura de trabalho

Pedro Sales Rosário concorda que "os pais não têm de ser professores": "Pode explicar-se coisas mínimas, mas é melhor dizer-lhes para perguntar ao professor no dia seguinte do que dar-lhes a solução".

Importante é perceber "por que é que a criança não sabe fazer aqueles trabalhos de casa". "Não apanhou a matéria? Esteve desatento? A pensar em quê? Por que é que não perguntou à professora? É tímido?"

Luís Marinho, coordenador do projecto "Estudar dá Futuro" - iniciativa da associação de pais do Externato de Penafirme que se organizou para apoiar voluntariamente alunos no estudo -, não vê "drama" nos TPC. Pelo contrário: "Se tiverem desde cedo uma cultura de esforço e de trabalho, mais preparados vão estar para enfrentar a realidade".

Marinho considera que as desigualdades no nível cultural e económico das famílias não acabam com o fim dos TPC e não vê razões para "embaraços". "O pai até pode nem saber ler nem escrever, mas sabe se o filho está no Facebook ou com um livro nas mãos. Há um sinal de disciplina que os pais têm de passar", defende este pai, que tem uma filha no ensino básico e outra no 8.º ano.

Também a presidente da Confederação Nacional Independente de Pais e Encarregados de Educação, Maria José Viseu, entende que os TPC "obrigam as crianças a organizarem-se".

Ritmo de vida

Há porém a questão do tempo que as famílias têm para dedicar a estas tarefas. Pedro Sales Rosário admite que os pais chegam cansados a casa, mas insiste no esforço: "Também posso optar pela comida pré-feita, é mais rápida, estou sem tempo para cozinhar, mas depois os miúdos engordam. Também nos TPC há uma dieta de trabalho para que não tenham problemas depois".

Quem se revê na posição dos pais franceses é Eduardo Sá, professor universitário e psicólogo clínico especializado em psicologia infantil e juvenil: "É um levantamento muito bonito". Em 2005, Eduardo Sá foi um dos promotores do Sindicato das Crianças e uma das iniciativas foi precisamente uma greve aos TPC. Pretendia-se alertar para a importância do tempo para brincar. 

Eduardo Sá frisa que "mais escola não é obrigatoriamente melhor escola". "As crianças têm blocos de aulas de 90 minutos, muitas actividades extracurriculares. É penoso chegarem a casa e, entre o banho e o jantar, fazerem TPC. Exaustos, não vão aprender, mas desenvolver um ódio de estimação à escola". O presidente da Confederação Nacional das Associações de Pais, Albino Almeida, também questiona: "Se na sala de aula não conseguem consolidar os conhecimentos, se no estudo acompanhado não fazem os TPC, vão fazer em casa?". 

Apesar de não ter uma posição "fundamentalista", o coordenador do departamento de Psicologia Educacional do Instituto Superior de Psicologia Aplicada, José Morgado, não simpatiza com os TPC. Sobretudo nas idades mais baixas, "o bom trabalho na escola" devia dispensá-los: "É uma questão de saúde e qualidade de vida", escreve no blogue Atenta Inquietude. Morgado distingue o Trabalho para Casa e o Trabalho em Casa: "O TPC é trabalho da escola feito em casa, o trabalho em casa será o que as crianças podem fazer em casa que, não sendo tarefas de natureza escolar, pode ser um bom contributo para as aprendizagens dos miúdos".

Manuel Pereira, da Associação Nacional de Dirigentes Escolares, garante que os professores são incentivados a não mandarem todos os TPC "em simultâneo" e a evitarem tarefas que os alunos "não consigam fazer sozinhos e que possam potenciar as desigualdades"."


(Fonte: Jornal Público, 8 de Abril de 2012)

terça-feira, 10 de abril de 2012

Concurso Logótipo - último dia para entrega das propostas!

Amanhã é o último dia para entrega das proposta criativas das crianças para o Concurso Criação de Logótipo da Apais.

Até amanhã as crianças podem entregar as suas propostas aos seus professores.

segunda-feira, 9 de abril de 2012

"Criatividade - o desafio da educação"

Com o tema “Criatividade: o desafio da educação”, este encontro visa debater, partilhar e refletir sobre o trabalho desenvolvido em Portugal nesta área.

Este encontro reúne especialistas conceituados que irão realizar diferentes comunicações temáticas partilhando a sua experiência, conhecimento, investigação e reflexão que irá contribuir para um enriquecimento da comunicação e discussão com todos os participantes.

Ao participar neste encontro certamente encontrará uma comunidade de trabalho e partilha sobre o tema, que lhe permitirá expandir e aprofundar o seu conhecimento. Desfrutará de um congresso promovendo a partilha, o debate, a comunicação entre pares, onde os conteúdos formais serão tratados de forma mais próxima e informal.

Um encontro de qualidade que oferece aos participantes uma ótima oportunidade de atualização, partilha e esclarecimento de dúvidas, uma oportunidade de conhecer os autores de livros de referência em Portugal.

Destinatários:
Pais e Encarregados de Educação
Educadores de Infância
Professores do Ensino Regular
Professores de NEE
Psicólogos
Profissionais de Saúde
Técnicos de Educação



Local: Grande Auditório de Congressos da Exponor
Preço: 20e (inscrições até 15 de abr.) | 25€ (inscrições até 26 abr.) | 30E (inscrições no dia) | 12,5€ (estudantes)
Mais informações: 933420177 |  Site

quarta-feira, 4 de abril de 2012

Ler livros melhora a educação das crianças


Nick Gibb, Ministro das Escolas da Grã-Bretanha, afirma que, se as crianças lerem durante pelo menos meia hora por dia, isso pode representar mais de 12 meses de formação suplementar quando chegarem aos 15 anos. É com esse objetivo que o Departamento da Educação do Reino Unido vai lançar um concurso de leitura para os últimos três anos do ensino primário e o primeiro ano do secundário. Saiba mais aqui e na BBC.

segunda-feira, 2 de abril de 2012

Hoje é Dia Internacional do Livro Infantil



Os contos são "fecundos e imortais", porque perduram no tempo, em especial os da tradição oral, lê-se na mensagem oficial do Dia Internacional do Livro Infantil, que hoje se celebra.

Assinada este ano pelo poeta mexicano Francisco Hinojosa, a mensagem intitula-se "Era uma vez um conto que contava o mundo inteiro" e é divulgada em mais de 70 países pelo Conselho Internacional sobre Literatura para os Jovens (IBBY), do qual Portugal faz parte novamente desde 2011.

O IBBY criou o Dia Internacional do Livro Infantil em 1967, em honra do escritor dinamarquês Hans Christian Andersen, cujo aniversário do nascimento é assinalado a 02 de abril.
"Quando lemos, contamos ou ouvimos contos, cultivamos a imaginação, como se fosse necessário dar-lhe treino para a mantermos em forma", defende o poeta Francisco Hinojosa na mensagem.
Para o escritor, "quando lemos, contamos ou ouvimos contos em voz alta, estamos a repetir um ritual muito antigo que cumpriu um papel fundamental na história da civilização: construir uma comunidade".
Para o Dia Internacional do Livro Infantil, defende-se que as histórias dos contos - sejam populares, tradicionais, de fadas ou contemporâneos -, "chegam iguais aos seres humanos, apesar das nossas grandes diferenças".
"Os contos são fecundos e imortais, em especial os da tradição oral, que se adequam às circunstâncias e ao contexto do momento em que são contados ou rescritos", escreveu Hinojosa.
Em Portugal, a mensagem do Dia Internacional do Livro Infantil é acompanhada de uma ilustração da autora Yara Kono, vencedora do mais recente Prémio Nacional de Ilustração.
A redação da mensagem desta efeméride é anualmente atribuída a um país membro do IBBY.

(Fonte SicNoticias)


Deixamos aqui um pequeno filme que vai gostar de certeza!